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Design e educação: aprendizado sensorial, envolvente e enriquecedor

O desinteresse dos estudantes e a indisciplina estão entre os principais desafios da educação básica no Brasil, que abrange a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio, segundo a pesquisa Perfil e Desafios dos Professores da Educação Básica no Brasil, realizada pelo Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras do Ensino Superior), em maio de 2024.

Uma das soluções para aumentar o interesse dos estudantes, despertar sua curiosidade, melhorar a concentração, proporcionar bem-estar e fomentar a interação é a criação de salas de aula que estimulem o aprendizado e desenvolvam as potencialidades em todos os níveis — cognitivo, emocional e social — empregando os princípios da neuroarquitetura.

Conhecida como a ciência que explora a conexão entre os ambientes e seu impacto no cérebro e no comportamento, a neuroarquitetura, aliada a métodos de ensino inovadores, pode tornar a experiência de aprendizagem mais envolvente e enriquecedora para todos os alunos.

Neuroarquitetura em ação

As técnicas de neuroarquitetura escolar colocadas em prática exploram os sentidos visual, tátil, auditivo e olfativo dos estudantes, resultando em ambientes agradáveis que promovem o bem-estar, em contraste com as tradicionais salas de aula com fileiras de carteiras e iluminação fria.

Entre as estratégias para estimular e enriquecer as vivências escolares por meio dos ambientes estão:

  • Iluminação suave e cores calmantes: Tons como azul e verde promovem cooperação e reduzem o estresse.
  • Pontos de cor: Energizam e estimulam a criatividade.
  • Luz natural e janelas com vistas para a natureza: Minimizam o estresse e melhoram a cognição.
  • Espaços de aprendizado ao ar livre: O contato com a natureza favorece a saúde mental e física.
  • Mobiliário modular: Permite diferentes configurações e layouts para interação e atividades.
  • Ergonomia: Garante o bem-estar e a sensação de pertencimento de todos os envolvidos.
  • Acessibilidade: Promove diversidade, convivência e empatia.
  • Texturas nos ambientes: Incentivam a exploração e o aprendizado sensorial, ajudando a manter a concentração e a atenção.
  • Uso da música: Tem efeito calmante em atividades específicas, enquanto a redução de ruídos externos melhora a concentração.
  • Aromas: Desempenham um papel importante na memória e no aprendizado; por exemplo, plantas como lavanda, que tem propriedades calmantes, e alecrim, que melhora a memória, trazem inúmeros benefícios.

Ao compreender a proposta de cada espaço e ir além da estética, a aplicação do conceito de neuroarquitetura no ambiente educacional beneficia não só os estudantes, mas também os professores e demais funcionários, proporcionando:

  • Estímulo à participação dos estudantes nas atividades;
  • Redução do cansaço escolar e do estresse;
  • Diminuição das faltas e da reprovação;
  • Incentivo à criatividade e ao desenvolvimento cognitivo de forma natural;
  • Aumento da concentração;
  • Maior interação, empatia e trabalho em equipe;
  • Personalização das tarefas e dos espaços conforme a faixa etária;
  • Criação de experiências e conexões;
  • Aumento do bem-estar e da qualidade de vida.

Assim, a neuroarquitetura possibilita pertencimento, participação e protagonismo aos estudantes.

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