A desigualdade da mulher na arquitetura: avanços e desafios

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A falta de equiparação salarial entre os gêneros no mercado de trabalho ainda é muito significativa. Segundo uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial, a pandemia atrasou a evolução da igualdade de gênero em uma geração. A desigualdade da mulher na arquitetura infelizmente também ainda é alta no Brasil.

Mas quais são os avanços e os desafios das arquitetas e estudantes de Arquitetura nesse mercado? Conheça mais sobre esse assunto e saiba como é possível contribuir para a diminuição da desigualdade de gênero na profissão. Aproveite a para concorrer a um presente especial.

O mercado de arquitetura e a equidade de gênero

Assim como em outras áreas, as mulheres na arquitetura são a maioria no mercado, representando cerca de 65% dos profissionais, mas nem sempre recebem as mesmas valorizações que um homem arquiteto. Essa informação é um sintoma muito forte de que a desigualdade da mulher na arquitetura ainda está longe de ser eliminada.

A representação dessa situação pode ser vista até no principal prêmio da arquitetura no mundo. O Pritzker consagrou pouquíssimas mulheres ao longo dos anos. Em 40 edições, apenas uma mulher ganhou o prêmio sozinha. Então, é provado que as mulheres arquitetas precisam de mais atenção e valorização.

Salário de homens e mulheres na arquitetura

Um estudo realizado pelo CAU/CE, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Ceará, mostra que as mulheres negras, em um recorte mais exato, ganham 13 vezes menos do que um homem arquiteto. Em um olhar para o Brasil, as mulheres arquitetas ganham 15% a menos do que os homens. Além disso, elas ocupam posições abaixo dos homens, mesmo que tenham escolaridade maior.

Presença feminina nas faculdades de Arquitetura

Nas universidades, as mulheres também são maioria no curso de Arquitetura e Urbanismo. Mas os desafios são muitos.

O sexismo, a desvalorização e a falta de oportunidades fazem parte da rotina dessas estudantes. Mais de 65% nas faculdades da área, as mulheres precisam lidar com o machismo desde o primeiro semestre, em que a maioria dos professores são homens.

Assim, é possível perceber que algumas ações precisam ser tomadas para contribuir para a redução dessa desigualdade de gênero no mercado. Afinal, reverter essa situação só será possível por meio de ações, atitudes e programas que vão fortalecendo a importância dessa igualdade na profissão.

Como contribuir para redução da desigualdade da mulher na arquitetura

Como é possível contribuir para a evolução da igualdade de gênero no mercado da arquitetura? É uma tarefa de todos? Quais são os caminhos?

Você pode estar se perguntando qual a sua importância nesse processo, mas acredite, todos podem ter um papel na busca pela igualdade:

  • equiparação salarial: o primeiro passo é definir as políticas salariais com base em competências, projetos, escolaridade e outros fatores que podem ser mensurados;
  • cargos importantes: avaliar quem ocupa essas posições nos escritórios e estúdios;
  • oportunidades: garantir acesso para mulheres e mães pode ajudar a aumentar a igualdade de gênero no mercado;
  • mudança no comportamento: repreender piadas machistas, não fazê-las e outras mudanças podem acrescentar para uma sociedade mais justa e igualitária.

Essas e outras contribuições podem ajudar a melhorar a igualdade de gênero no mercado de arquitetura, com a colaboração de todas as pessoas que atuam nessa área.

Mulheres importantes na arquitetura em todo o mundo

Mesmo com tantos desafios, as mulheres estão avançando cada vez mais na arquitetura. Muitas delas fizeram história. Conheça algumas das profissionais que foram importantes para a evolução dessa carreira!

Zaha Hadid

Hadid nasceu em Bagdá e foi a primeira mulher a ganhar o principal prêmio de arquitetura: Pritzker. Suas obras se destacam no mundo, entre elas, o Terminal Hoenheim-North, na França, e o Vitra Fire Station, na Alemanha.

Marion Mahony Griffin

Uma das primeiras profissionais do sexo feminino licenciadas, com uma história que representa muito dessa desigualdade da mulher na arquitetura por ficar à sombra de Frank Lloyd Wright, seu mentor, um dos nomes mais reconhecidos do setor.

Julia Morgan

A primeira mulher a ser admitida na Escola de Belas Artes, em Paris, também foi pioneira ao abrir um escritório de arquitetura nos Estados Unidos. Ela deixou um legado de mais de 700 prédios construídos. É uma inspiração para quem trabalha com projetos residenciais.

Carmen Velasco Portinho

Carmen foi uma das pioneiras na arquitetura do Brasil. Ela marcou a história da profissão por ser um símbolo do movimento feminista e da luta pelo direito de voto das mulheres.

Essas são apenas algumas das mulheres que fizeram história e contribuíram para o que a arquitetura é hoje. A presença feminina na área está aumentando e se tornando mais valorizada, mas ainda é preciso muita luta. Vale a pena conhecer mais das mulheres importantes na arquitetura.

Baralho das Superarquitetas e Urbanistas

Pensando em valorizar as mulheres que fizeram história na arquitetura, que tal um jogo de cartas para ajudar nesse processo? O baralho das SuperArquitetas é um jogo colaborativo entre a revista Projeto e o Casacadabra, com o apoio da Roca Cerámica.

O objetivo é resgatar a memória dessas profissionais marcantes, que trouxeram grande voz e representatividade para as mulheres na arquitetura. São 32 cartas com arquitetas e urbanistas que fizeram história, e pode ser jogado usando as regras do conhecido SuperTrunfo ou como jogo de adivinhação.

Serão sorteados 100 exemplares do baralho das SuperArquitetas. Para participar, basta se inscrever na página e concorrer.

Buscar a igualdade de gênero no mercado de trabalho é uma tarefa difícil, e o processo pode ser bem demorado. Mas reduzir a desigualdade da mulher na arquitetura exige o envolvimento e o comprometimento de todos os profissionais da área. Para conquistar isso, fazer a sua parte é fundamental.

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