Alguma vez na vida você já se pegou tão concentrado em uma tarefa que até perdeu a noção do tempo? Pode ser ao ler um livro ou até ao se dedicar a um projeto de trabalho – todo tipo de tarefa pode levar a esse hiperfoco, que também é chamado de estado de flow.
Com o conceito idealizado pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, o flow – ou fluxo, em bom português – é um estado mental descrito pelo estudioso como “um momento de concentração tão intensa que não sobra atenção para pensar sobre algo irrelevante ou se preocupar com problemas. A autoconsciência some e a percepção de tempo fica distorcida”. É um momento em que a performance flui, sem esforço, gerando uma sensação de prazer e satisfação.
Extremamente estimulante para quem o experiencia, o estado de flow leva a um aumento de produtividade, em que as tarefas são realizadas com mais qualidade – isso porque, com o hiperfoco, todos os recursos sensoriais e cognitivos estão dedicados à realização da tarefa em si. Segundo estudos da Mckinsey, uma pessoa em estado de flow é capaz de aumentar sua produtividade em cinco vezes, sem sair esgotada da experiência.
Estado de flow e neuroarquitetura
Mas o que esse tal de hiperfoco tem a ver com neuroarquitetura?
Apesar de não ser um estado mental comum, o flow pode ser atingido por qualquer pessoa, desde que ela esteja engajada em uma tarefa desafiadora, que tenha objetivos claros e forneça feedbacks imediatos e, claro, esteja dentro dos limites da capacidade de quem a executa, para não gerar frustração. Além disso, é importante que a pessoa esteja descansada e bem alimentada, com as necessidades básicas do corpo atendidas, para garantir que o cérebro consiga manter-se concentrado por um longo período de tempo. É aí, nesse momento, que a arquitetura entra como perfeita aliada.
Capaz de interferir diretamente na saúde humana, os ambientes devem ser bem planejados para que o estado de flow aconteça. Seja em casa, em que o quarto deve garantir boas horas de sono para que a pessoa esteja descansada, seja no trabalho, em que o ambiente deve ser agradável e livre de distrações – como muitos ruídos ou pouca iluminação – para ajudar no foco necessário.
Para isso, estudos da neurociência são capazes de ajudar a projetar ambientes mais humanizados e efetivos, auxiliando no processo de atingir o estado de flow. Através das variáveis ambientais , é possível criar espaços com soluções inteligentes, humanizadas e que priorizam o bem-estar, fundamental para todos os momentos da vida.
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